segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Somos todos de uma só raíz

Mais cedo ou mais tarde, cada um de nós tem interesse em descobrir suas raízes e esclarecer os vínculos de parentesco com alguém. Esse interesse se acentua muito mais e principalmente depois que casamos e nossos filhos começam a despertar a mesma curiosidade. O nome que recebemos ao nascer vem acompanhado de lendas, histórias e tradições, muitas ao além, perdidas com o decorrer de anos na memória dos nossos antepassados, ficando apenas o sangue como testamento e algumas poucas referencias nos apontamentos civis e eclesiásticos. 

A evolução nas pesquisas do DNA humano permite-nos hoje estabelecer vínculos ancestrais até uma das filhas de EVA (não a bíblica, mas a primeira mulher de quem temos notícias. Consta que pela pesquisa de DNA a National Geographic descobriu os ascendentes de todas as pessoas vivas no nosso planeta - cerrca de seis bilhões de pessoas.

Todos originamos de uma só tribo africana isolada, chamada "San Bushman", cujos ancestrais deixaram a Namíbia há cinquenta mil anos, em busca da sobrevivência, sob os efeitos das transformações climatológicas do planeta - durante a Idade do Gêlo. Deixaram sua "marca registrada" por onde passaram, ou seja, um marco específico na sequencia do DNA. Isso já constitui um ótimo ponto de partida - ou chegada para o nosso trabalho.

Mas não se preocupe, não iremos tão longe - não haveria espaço suficiente para relacionarmos todos os nossos ancestrais, considerando que cada um de nós tem dois pais, quatro avós, oito bisavós, dezesseis trisavós, 32 tetravós, 64 quintos avós, 2.048 décimos avós, 65.536 décimos quintos avós, 2.097.152 vigésimos avós, 67.108.864 vigésimos quintos avós e assim por diante.

Osvaldo Rezende, em seu livro Genealogia de Tradicionais Famílias de Minas, calculou o numero de avós que temos até a quadragésima geração: 

Até a 5ª geração........................................... 124 
Da 6ª à 10ª geração................................... 3.968 
Da 11ª à 20ª geração........................... 4.190.208 
Da 21ª à 30ª geração.................... 4.290.772.992
Da 31ª à 40ª ger.....................4.393.751.543.808
TOTAL ............................... 4.398.046.511.100

Como não podemos evitar essa progressão, nos contentaríamos em conhecer o nome e história dos nossos ascendentes a partir do século XVIII, pois o resto já consta em estudos genealógicos bem documentados e disponíveis nas bibliotecas e livrarias de todo o pais e do estrangeiro.

Um emaranhado de nomes

A maior dificuldade que encontro é saber o nome dos nossos ascendentes que viveram entre os anos de 1700 e 1900, para identificar nossos vínculos às raízes já estudadas. 

Essa informação existe no fundo das gavetas, nas certidões de nascimento, casamento e óbito, nos títulos de propriedade, nos cemitérios e nas paróquias diocesanas, que mantiveram os registros civis até inícios de 1800 - quando apareceram os cartórios. Lá permanecem, expostos às intempéries e à voracidade das traças, esperando que alguém os descubra e os preserve.

A Fundação Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, em Casa Forte - Recife, guarda acêrvos de muitas famílias pernambucanas, mas alguém teria que ir lá pesquisar. 

Nossa família está vinculada a muitas raízes, entrelaçadas numa quase infinita combinação de nomes, os quais representam as famílias da atualidade. A tabela abaixo relaciona algumas dessas raízes e uniões. Outras mais aparecerão, à medida que nossa pesquisa se vá adiantando.

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